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No dia da abertura do Fórum Econômico Mundial em Davos, Oxfam propõe taxar 'urgentemente' os ricos


ONG alerta que os países mais pobres estão sofrendo cada vez mais com a inflação. Após um hiato de dois anos por causa da pandemia, as elites políticas e econômicas mundiais voltaram a se reunir na Suíça. Fórum Econômico Mundial 2022 começou hoje, em Davos, na Suíça

A ONG Oxfam propôs nesta segunda-feira (noite de domingo, 22, no Brasil) taxar "urgentemente" as grandes fortunas do planeta em um relatório publicado na mesma data de abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), e alerta que os mais pobres estão sofrendo cada vez mais com a inflação.

"Os bilionários vão a Davos comemorar o incrível aumento de suas fortunas", disse Gabriela Bucher, diretora-executiva da organização internacional por meio de um comunicado.

Após um hiato de dois anos por causa da pandemia, as elites políticas e econômicas mundiais voltaram a se reunir a partir deste domingo (22) na cidade suíça de Davos para o Fórum Econômico Mundial (leia mais aqui).

Segundo a ONG, "a pandemia [de Covid-19] e agora as fortes altas nos preços dos alimentos e da energia têm sido simplesmente um golpe de sorte para eles".

A pandemia, que fez dispararem as ações das empresas de tecnologia negociadas em bolsa, criou um novo bilionário a cada 30 horas, ou seja, 573 novos ultrarricos, assegura a ONG em um relatório intitulado "A necessidade urgente de taxar os ricos".

A Oxfam baseia seus números na classificação da revista Forbes das pessoas mais ricas do mundo e em dados do Banco Mundial.

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Diante deste aumento da riqueza, 263 milhões de pessoas vão cair na pobreza extrema este ano (um milhão de pessoas a cada 33 horas), segundo suas previsões, devido à inflação em alta em muitas partes do mundo, impulsionada principalmente pelo preços da energia e dos alimentos.

"Estamos revertendo décadas de progresso em matéria de pobreza extrema, com milhões de pessoas que enfrentam custos impossíveis para simplesmente se manter com vida", disse Bucher.

Para fazer frente a este problema, a ONG pede a adoção de medidas fiscais, como a adoção de um imposto de solidariedade único sobre a nova riqueza adquirida pelos bilionários durante a pandemia, com o objetivo de utilizar os recursos obtidos para apoiar os mais pobres e conseguir "uma recuperação justa e sustentável" após a pandemia.

A Oxfam também propõe um imposto temporário sobre os lucros extraordinários obtidos nos últimos anos pelas multinacionais dos setores alimentício, farmacêutico e petroleiro, por exemplo.

Um imposto anual de 2% sobre os milionários e de 5% sobre os bilionários geraria 2,52 bilhões de dólares ao ano, segundo estimativas da organização, um montante que poderia tirar 2,3 bilhões de pessoas da pobreza extrema, distribuir vacinas suficientes para todo o planeta e dotar todos os países pobres de cobertura sanitária.

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