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Polícia Civil vai pedir exumação do corpo da jovem que pode ter sido envenenada pela madrasta

Por PATRICIA em 23/05/2022 às 04:01:19

Investigadores querem buscar por sinais da ingestão de chumbinho. Defesa de Cíntia Mariano Dias Cabral diz que ela se declara inocente. Cintia Mariano está presa por suspeita de envenenar os dois enteados

Reprodução

A Polícia Civil diz que vai à Justiça uma liberação para que o corpo de Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, possa ser exumado para análise no Instituto Médico Legal (IML).

A corporação suspeita que a jovem e o irmão Bruno, de 16 anos possam ter sido envenenados pela madrasta Cíntia Mariano Dias Cabral, que está presa em Benfica e teve a prisão mantida, no domingo (22), durante audiência de custódia.

Agentes da 33ª DP (Realengo) também vão apurar o possível envolvimento de Cíntia em outras duas mortes, a do ex-marido e de uma vizinha.

Entenda o caso

Cíntia é a principal suspeita de envenenar os enteados com chumbinho no feijão, num intervalo de dois meses. Fernanda morreu no dia 28 de março, depois de ficar internada por quase duas semanas em um hospital da rede pública do Rio.

Sem diagnóstico certo, ela não respondeu ao tratamento e morreu no hospital. Em seu atestado de óbito consta que a morte se deu por falência múltipla dos órgãos em decorrência de causas naturais. Sem indício de crime, o corpo dela não foi submetido a necropsia.

Já Bruno apresentou sintomas semelhantes aos da irmã logo após almoçar na casa onde o pai vive com a madrasta. Ele também chegou a ser hospitalizado, mas ao contrário de Fernanda, sobreviveu.

O que já se sabe sobre o caso da madrasta suspeita de envenenar os enteados no Rio

Isso porque ele próprio foi capaz de apontar para a mãe a hipótese de que Cintia houvesse adicionado veneno à comida que lhe foi servido por ela. O adolescente disse ter sentido gosto amargo no feijão e observado pedrinhas azuis em meio ao caldo e que, ao reclamar à madrasta, ela acrescentou ainda mais feijão ao prato dele.

O advogado Carlos Augusto Santos, que representa a suspeita, disse que sua cliente se “declara inocente” e que “em nenhum momento informou ou confirmou o fato”.

Segundo a polícia, a motivação do crime seria ciúmes. O filho biológico de Cíntia teria relatado à polícia que a mãe havia confidenciado a ele ter misturado chumbinho à comida servida aos dois jovens em ocasiões diferentes, mas a defesa nega essa versão.

Cíntia chegou a ser hospitalizada após ter supostamente tentado se matar. O advogado não confirmou a informação e disse apenas que ela faz uso de remédios controlados por “problemas psicológicos”.

“Ela já toma alguns remédios controlados e, por conta das acusações, está abalada. Tomou uso excessivo desses remédios na semana passada, não aguentando a pressão dessas acusações”.

Carlos Augusto falou ainda que a prisão de Cíntia é “totalmente prematura e precipitada” já que, segundo ele, a perícia feita no feijão apreendido na casa da madrasta “deu negativa para substância tóxica”.

O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno sobre a informação.

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Fernanda foi uma das vítimas

Reprodução

A defesa também nega que tenha sido encontrado chumbinho na residência.

“Ela tem quatro cachorros. O que a polícia encontrou foi Butox, um remédio para carrapato de cachorro”.

Sobre a suspeita de participação de Cíntia na morte do ex-marido e de uma vizinha, o advogado disse não teve acesso às investigações sobre o caso.

“Só sei que ele morreu de AVC. Sobre a vizinha, não sei nem o nome dela”.

Durante a internação de Fernanda, Cíntia chegou a postar um vídeo com uma música gospel, uma foto da enteada e a mensagem: “Você vai vencer! Eu creio”.

Ela ainda fez outras quatro postagens. Sempre com orações, mensagens de fé e esperança e a certeza de que Fernanda se restabeleceria.

Postagem de Cíntia pedia o pronto restabelecimento da enteada

Reprodução/Redes sociais

A empresária Jane Carvalho Cabral, mãe dos dois jovens, prestou queixa na 33ª DP (Realengo) após ouvir o relato do filho indicando que a madrasta havia acrescentado alguma substância tóxica à refeição que lhe foi servida.

"Uma mulher dessas não pode ser chamada de ser humano. Isso é um monstro".

Bruno é um dos enteados envenenados

Reprodução/RJ1

Fonte: G1

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