O caso foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 22 de de julho. Informação foi confirmada pelo paciente à reportagem do g1. Braço do paciente com varíola dos macacos em Juiz de Fora
R/Arquivo Pessoal
O paciente de 37 anos com varíola dos macacos em Juiz de Fora informou ao g1 nesta quarta-feira (3) que após a cicatrização das feridas na pele foi liberado do isolamento. O caso foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 22 de de julho.
Ele revelou à reportagem que está se sentindo bem e em um vídeo em nas redes sociais destacou a importância de se cuidar.
"Estou liberado, vamos viver novamente e, graças a Deus, passou. Se cuidem porque não é brincadeira, a doença está aí e não quero que vocês passem pela dor que passei e pelo isolamento de três semanas, mas agora é viver".
Questionado pela reportagem se ele repetiu o exame, o paciente afirmou não ser necessário, pois o liberam do isolamento quando as feridas secam.
O g1 conversou com o infectologista, Marcos Moura, que informou que em casos de varíola, o paciente de fato tem alta do isolamento após a cicatrização e conforme avaliação médica.
" Após o período inicial, e com todo tratamento das feridas, o conteúdo na pele acaba secando e então quando você tem a cicatrização que seria secar essas feridas, ele pararia de transmitir a doença, mas é recomendada uma avaliação médica. As feridas podem demorar de 7 a 14 dias para secarem".
O profissional destacou ainda que o paciente deve evitar, durante o isolamento, o contato íntimo com as pessoas no domicílio.
O caso
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou no dia 22 de julho o primeiro caso de varíola dos macacos em Juiz de Fora. Em nota, a Prefeitura informou que tratava-se de um caso importado.
"A Prefeitura de Juiz de Fora informa que o caso suspeito de Monkeypox, Varíola dos Macacos, que se encontrava em investigação laboratorial, foi confirmado através de exames realizados na Fundação Ezequiel Dias (Funed). Trata-se de um caso importado".
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O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.
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A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis.
Da mãe para o feto através da placenta.
Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele.
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
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