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Acre registra 339 incêndios em domicílios em 2023; bombeiros orientam cuidados com equipamentos e rede elétrica

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Por PATRICIA em 06/11/2023 às 18:53:30

Maior parte das ocorrências foi registrada na capital, com 223. Em um dos casos, na última sexta-feira (3), pai e filho morreram carbonizados após a casa em que moravam pegar fogo no bairro Habitasa, em Rio Branco. Pai e filho de 6 anos morrem carbonizados após casa pegar fogo em Rio Branco

Arquivo/Corpo de Bombeiros

Uma tragédia aconteceu na última sexta-feira (3), no bairro Habitasa, em Rio Branco. O idoso Pedro Ferreira de Carvalho, de 64 anos, e o filho dele João Pedro de Carvalho, de 6, morreram carbonizados após a casa deles pegar fogo, na madrugada daquele dia.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 2h50 para atender a ocorrência, mas quando as equipes chegaram ao local, a casa, que era de madeira, já estava toda tomada pelas chamas. Uma outra residência vizinha também foi parcialmente atingida.

Conforme os bombeiros, além da dificuldade em conter o incêndio, a rede elétrica da casa ainda estava em funcionamento.

Esse é um dos casos mais trágicos que compõem as 339 ocorrências de incêndios em domicílios registrados até o momento em 2023, segundo o Corpo de Bombeiros. A maior parte desses casos, 223, aconteceram na capital, e outros 116 foram registrados no interior do estado. Inclusive, tem sido comum esse tipo de ocorrência durante esse período.

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Em Cruzeiro do Sul, no fim de outubro, duas casas foram incendiadas em menos de 24h. O primeiro caso ocorreu no dia 23 daquele mês, quando a casa do policial militar José Eliandro Silva ficou destruída depois de ter sido atingida por um incêndio no bairro do Alumínio. Ninguém se feriu.

O incêndio começou por volta das 20h. As chamas iniciaram pela parte da cozinha e rapidamente se espalharam pela residência. Nenhum morador estava na casa no momento do incêndio.

"Por se tratar de uma residência de madeira, é muito material combustível, então inflama muito rápido, outra coisa também que potencializa ainda mais o incêndio é que no momento da ocorrência os moradores não estavam na residência. Então, isso acaba que atrasa um pouco a resposta porque o incêndio só é percebido quando os vizinhos veem as chamas que já extrapolaram o interior da residência. Mas, a nossa equipe esteve no local, inclusive evitamos que o incêndio se propagasse para mais duas residências que estavam bem próximas dessa", informou o comandante dos Bombeiros na cidade, capitão Josadac Cavalcante.

No dia 24, outra casa foi atingida por incêndio na Avenida Rio Juruá, bairro Miritizal. Esse caso também não registrou feridos.

O comandante dos Bombeiros na cidade, capitão Josadac Cavalcante informou que, por se tratar de uma casa de madeira, quando a equipe chegou ao local, o imóvel já estava totalmente tomado pelas chamas. Os bombeiros usaram um caminhão de combate com 4,5 mil litros d'água no combate ao incêndio.

"A equipe fez a contenção do incêndio, evitando que o calor passasse para a vizinhança e gerasse novos incêndios. Conseguimos controlar o fogo, mas, como falei, a residência acabou sendo toda consumida. A informação que nos foi repassada lá no local é que os moradores não estavam do interior da residência. Inclusive, o proprietário chegou durante os trabalhos do Corpo de Bombeiros e relatou que na residência tinha os móveis e também funcionava uma pequena mercearia que ele utilizava como comércio", disse o comandante.

Ainda na capital, um casal perdeu tudo o que tinha após a casa em que eles viviam pegar fogo depois que um raio atingiu uma árvore ao lado do imóvel, no bairro Irineu Serra, em Rio Branco. O caso ocorreu na última terça-feira (24), durante um temporal que atingiu a capital.

A casa era de madeira e foi completamente consumida no incêndio. Os dois moradores, o idoso Francisco Alves, de 65 anos, e Maria Gomes, de 57, não estavam no local quando tudo aconteceu. Não houve feridos.

São pelo menos três casos no mês de outubro, e um na primeira semana de novembro. O mês de setembro também registrou pelo menos um caso, quando duas casas de madeira foram destruídas pelo fogo na do dia 9 daquele mês no residencial Araçá, em Rio Branco. Não houve vítimas.

Vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros e, segundo a assessoria do órgão, a chegada rápida das viaturas impediu que o fogo chegasse a outras três casas adjacentes. Uma das casas media 3x4 e a outra 5x7.

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Arquivo pessoal

Mais de 20 chamados no ano

Este ano, o Corpo de Bombeiros atendeu a 23 chamados para combater incêndios em residências em Cruzeiro do Sul. Desses, 10 acabaram resultando na destruição total dos imóveis e os demais conseguiram ser controlados antes de tomarem uma proporção maior.

Cavalcante afirmou ainda que cerca de 70% dos incêndios em casas se concentram no período de estiagem.

"A gente sabe que aqui na nossa região tem muitas residências mistas ou totalmente de madeira, ou seja, é muito material combustível, então por si só já tem um certo potencial para sofrer esse tipo de acidente, no caso o incêndio. Se tem relação com a alta temperatura, a gente não consegue afirmar isso. O que nós temos são os dados que demonstram que 70% dos incêndios que nós tivemos em residência se concentram nesse período mais seco. Então, a maior porcentagem dessas ocorrências acontece nesse período de estiagem", afirmou.

Incêndio em casa ocorreu nessa segunda-feira (24) no bairro Miritizal, em Cruzeiro do Sul

Bombeiros orientam

A capitã do Corpo de Bombeiros Francisca Fragoso ressalta que instalações elétricas e equipamentos ligados a essa rede pedem cuidados específicos. O primeiro passo é a avaliação periódica de componentes como fios, disjuntores e tomadas. Apesar da sequência de casos em um curto espaço de tempo, a capitã afirma que o número de ocorrências está dentro da média dos últimos quatro anos.

Entre as medidas, a capitã destaca:

Evitar a sobrecarga: não utilizar vários eletrônicos e eletrodomésticos em um T, benjamim ou extensão, esses materiais têm uma capacidade máxima de passagem de corrente eletrônica, se for utilizar esse tipo de material dar preferência por filtros de linha que possuem fusíveis que se rompem em caso de sobrecarga de energia;

Isolar condutores (fios) e garantir que não encostem um no outro, para evitar curtocircuito.

Não carregar celular sobre sofás e camas.

Não atender celular enquanto o aparelho carrega.

Não deixar aparelhos eletrônicos carregando próximos a cortinas e tapetes.

Antes de utilizar um equipamento, verifique se a sua voltagem é compatível com a da tomada.

"Ao sair de sua residência ou do ambiente onde você se encontra, não deixe equipamentos ligados. Também é preciso atentar para ventiladores, nem sempre o vilão é o ferro de passar", acrescenta.

A militar também alerta para outros possíveis fatores que podem causar incêndios, e alerta para a cautela no armazenamento de substâncias inflamáveis. Ao sinal de princípio de incêndio, a capitã recomenda que os bombeiros sejam acionados pelo número 193.

Não armazenar combustíveis em casa.

Não manusear material inflamável perto de fogo, fagulhas ou superfície aquecida.

Não deixar velas acesas próximo a cortinas, camas, roupas, móveis, tapetes, e outros. O ideal, é mantê-las dentro de copos altos e nunca sobre pratos. Também é recomendado apagá-las ao sair.

Não deixar boca de fogão acesa ou aberta, vazando gás.

Chegar periodicamente a mangueira da botija de gás, e usar sempre material certificado pelo INMETRO.

"Ao primeiro sinal de vazamento de gás, abra todas as portas e janelas para aumentar o fluxo de ar. Não ligue interruptores ou equipamentos elétricos e feche imediatamente o registro, se possível. Em caso de dúvidas, entre em contato com o corpo de bombeiros, discando 193. Cuidado com as bitucas de cigarros, elas não podem ser descartadas diretamente no lixo acesas. Não deixe crianças manusearem isqueiros e qualquer meio que forneça fogo", finaliza.

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Fonte: G1

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