Obras devem custar R$ 178 mil com prazo de quatro meses de obras. Aulas não foram afetadas, segundo a diretoria do campus. Pombos invadem prédio na UEM em Maringá
O bloco G90, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná, foi interditado após a infestação de pombos nos forros e telhados da unidade.
A recomendação partiu do Ministério Público do Paraná (MP-PR) por medida de segurança sanitária e determinado pela Justiça.
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Segundo a diretoria do campus, os pombos criaram ninhos e se instalaram em várias partes, causando estragos e contaminação.
Uma licitação de R$ 178 mil foi aberta para contratação da empresa responsável para fazer as manutenções.
Segundo a prefeita do campus, Doralice Soares, dois blocos vizinhos também vão ser interditados para a instalação de equipamentos para evitar a invasão das aves.
"A gente vai revitalizar esses três blocos, toda cobertura, forro, os fechamentos que estão caídos. Agora estamos só aguardando que a empresa venha e assine o contrato", disse.
O prazo de execução das obras será de quatro meses.
Pombos invadem prédio na UEM em Maringá
Reprodução
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Aulas não foram afetadas
De acordo com a diretoria do campus, as aulas não foram prejudicadas e o cronograma de estudos não serão afetadas por conta das reformas.
O bloco interditado faz parte do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupelia), da área de peixes.
Pesquisadores e professores que usavam os três blocos, foram realocados.
Aves protegidas por lei
O pombo é um animal silvestre e protegido por Lei 9605/98 e o Decreto 6514/08, que proíbem matar e caçar animais silvestres nativos ou em rota migratória.
Se houver maltrato, o culpado pode responder criminalmente com multa e punição.
O remanejamento do animal é possível se for com autorização e de equipe especializada.
Contaminação
De acordo com o professor e pesquisador Eduardo Ribeiro Filetti, os animais podem causar graves problemas na saúde se não for controlado.
A criptococose, de acordo com o especialista, atinge principalmente pessoas com a imunidade baixa, e a transmissão ocorre quando há a inalação de poeira com fezes secas dos pombos, contaminadas pelo fungo.
"As fezes secas são as mais perigosas. A maior parte dos fungos não está no intestino do pombo e sim no meio ambiente, ou seja, a situação piora após eles defecarem e as fezes secarem. Apenas 0.06% das pessoas que não estão com imunossupressão pegam essa doença", relata.
Veja o ciclo da criptococose
Arte/TV Globo
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